Fomos hoje, não amanhã, que afinal os dias são o que fazemos deles.
Fomos à margem, não ao leito, que tudo vale pelo que de nós pomos no quase nada.
Fui dar-te os parabéns e, mais uma vez, agradecer por me "olhares assim", com esse amor maternal que, ainda, olha por mim.
Fui relembrar o teu aniversário dos 90. Lembras-te? Fomos ao Vitor, todos e todas, duas mesas cheias de primas (somos uma família de mulheres...) e uma mão cheia de canções "escolhidas pela senhora" cantadas pelo Carlos (tão longe do que hoje é o nosso).
Fui lembrar os dias, os que nos dão o nome e os que passam na corrente do Tejo, o teu mar e o meu colo.
Vi-te no prateado das ondelações, na tranquilidade da maré baixa, na claridade do céu que nos beijou de azul.
Vi-te como te vejo nas horas claras das receitas que repito, das histórias que partilho, das palavras que perpetuo.
Depois despedimo-nos e tu acenaste um até já corriqueiro.
Depois despedimo-nos e o céu choveu, por entre o Sol que se manteve aberto.
Fomos hoje, não amanhã que seria o dia certo, para te dizer Parabéns!
Liliana