Há um chão, nosso, desenhado na pele num arrepio calado. Alma e corpo dançando, na utopia dum sonho velado.
Há um chão, nosso, molhado pelos rios que transbordamos. Marcas de sangue que, afinal, com o tempo apagamos.
Há um chão, nosso, desenterrado dia-a-dia e a cada noite outra vez. Pé ante pé, tranquilamente (talvez).
Há um chão, nosso, agora.
E há um caminho feito palavra que, em nós, se demora.
Liliana