os dedos se confundem e se misturam
as veias com o correr do sangue.
Do teu corpo que se aproxima
do meu e que, devagar, aumenta o ritmo
da respiração e do bater do coração.
Da cama onde as nossas pernas se
enlaçam e os braços se fazem âncoras
quando nos damos e desaguas no meu mar.
Dos lençóis, brancos, enxovalhados
da tempestade, que fazem o ninho dos corpos
suados, cansados.
Dos dois corpos juntos que, devagar
voltam a si recuperando
a respiração e bater do coração.
Das mãos que se passeiam
pelos lençóis, dunas e planícies
em paz, sem ventos nem marés,
estendidas apenas à beira-mar.
Liliana