Encontrei-me aqui,
em frente ao Tejo à tua espera...
Ah...
como se isso fosse ainda possível.
Como se isso tivesse sido,
algum dia
verdadeiro.
A espera sim claro,
real
sofrida
vivida.
Mas tu... a chegada
mesmo nas poucas vezes
em que, de facto, se deu,
nunca se chegou a dar.
Naquela tarde de inverno,
com chuva batida
a vento
e as águas
revoltando as margens
esperava por ti.
Por ti sim,
que aqui não estavas.
E porque não?
E porque esperava eu, se
nunca estarias?
Nunca me amarias o suficiente
para me abraçar, ali,
à beira-Tejo com a chuva batida
a vento e as águas
revoltando as margens.
E no entanto eu
à chuva
na margem no Tejo
olhando o nevoeiro e
pensando em
ti.
Porque espero por ti?
Liliana