Do cair da noite, estranha, que se fez olhar... que se fez sorriso... que se quis leito onde o rio, correndo num abraço, desaguou.
Do luar amarelo que envolve o quarto, num gesto que soltou o coração... uma mão que em duas se fez, num toque que acelerou a respiração e se tornou num embalo húmido de desejo.
Duma espera que se fez encontro... que se fez partilha... que se quis cumplicidade por entre os caminhos descobertos à vontade das mãos que deslizaram pelos corpos e os despiram de medos e receios e indecisões.
Duma cama vazia, fria, que se fez ninho num abraço apertado... entre os lençóis que se quiseram abertos e o nascer do dia que trouxe, por fim, o abandono quente dum sono leve, a dois.
Liliana