Sentes que o meu centro se desequilibra à menor aragem?
Sentes que o meu olhar se alaga à mais ténue aproximação de frieza?
Sentes que me desmonto ao primeiro encosto?
Sentes que, quando me assusto, sou como um porco-espinho que se enrola sobre si mesmo para não o magoarem?
Sentes que, às vezes, há uma linha de silêncio que me distancia do mundo e me deixa a flutuar num limbo assombrado?
Sentes que nem sempre entendo o teu sentir e isso me deixa com a sensação de não ter chão onde me apoiar?
E sentes que, quando nos sintonizamos, tudo se torna fácil?
E sentes que, quando nos tocamos, num segundo desaparece a inquietação?
E sentes que, quando nos olhamos, o silêncio deixa de ser uma barreira para ser um mundo inteiro onde conseguimos comunicar, sonhar e amar...
Liliana