Escrever tem sido, para mim, uma forma de terapia. E não só para mim, a terapia Cognitiva Narrativa é usada e comprovada pela Psicologia e Psiquiatria há muito e baseia-se, de forma simplista, em entender e criar as nossas auto-narrativas.
A palavra "terapia" tem origem na palavra hebraica "Teroupha" que significa cura, e a palavra uma cura pressupõe algo que necessita ser tratado ou curado.
Foi este o caminho da minha mente até chegar ao dia em que, embora consciente das várias narrativas complicadas, por descodificar, descomplicar e até superar, não sinto a necessidade de o fazer conscientemente através da escrita.
E esse foi o ponto de partida (que é sempre, ao mesmo tempo, o ponto de chegada) para um bloqueio criativo de mais de um ano.
O que há dentro de mim capaz de ser traduzido em palavras e tecido em narrativas que valha a pena ser escrito? Mais ainda, como chego a esse espaço meu onde as emoções se narram de forma a criar histórias?
É aqui que estou, então, neste momento.
Onde é o "aqui"? Pois, isso é o que tenho de descobrir...