Queria ser-te a paz, apagar as inquietações em que tropeças. Ser água cristalina para em ti lavar os fantasmas que te acordam de madrugada.
Queria ser-te o silêncio e calar as lágrimas em que te afogas. Pegar num regador azul claro e, com elas, inundar os medos que te doem no corpo.
Queria ser-te o tempo que te falta a cada dia que passas a correr por entre as horas, sempre escassas.
Queria ser-te a certeza que não tens de ti e para ti. Conseguir dizer-te das papoilas que abrem ao luar. E contar-te dos campos onde nascem os sorrisos.
Queria-te a paz, o silêncio, o tempo e a certeza.
Liliana Lima