Entra, senta-te, come e bebe.
Chora as tuas mágoas e deixa que limpe as tuas lágrimas.
Entra, senta-te em mim, que serei o teu pão e o teu vinho.
Chora as tuas mágoas e deixa que limpe as tuas lágrimas.
..."e a árvore ficou feliz."(*)
Estou seca e o meu corpo não tem mais o que dar.
De tantas lágrimas limpar,
guardo um oceano prestes a desaguar e levar-me na corrente.
Não tenho colo, porque não tenho paz.
Não há em mim uma réstia de amor para dar.
Deixa que descanse no teu ombro e sinta o calor do teu abraço.
Deixa que solte as lágrimas e, contigo, as veja correr para a foz.
Deixa-te ficar,
devagarinho.
Não te vás embora.
Não te assustes.
Não te peço tudo.
Não te te dou nada.
Apenas sei,
que uns dias precisamos de receber, outros dias precisamos de dar.
Liliana
(*)