Tu, que me lês. Estás sentado? Quero fazer-te uma pergunta.
Que lês, quando escrevo S-O-L-I-D-Ã-O? Em que pensas, quando no meio dum texto meu (se é que lhes posso chamar isso) encontras a palavra S-I-L-Ê-N-C-I-O? Que sentes quando escrevo que tenho M-E-D-O?
Sentado, na tua cadeira, olhas o ecrã e, através dele, uma parte de mim junta-se a ti. Porque sou assim, TRANSPARENTE (ou, se calhar, nem tanto)...
Na verdade, o que lês é filtrado pelas tuas ideossincrasias que, por vingança egoísta, tudo gerem à tua imagem e semelhança.
É assim contigo e é assim comigo. Somos todos vítimas de alguma maneira, das nossas redes internas de pensamento, julgamento e compreensão.
Por isso, entre nós haverá sempre este vazio irónico, que nos afasta aumentando a palavra V-A-Z-I-O que, inevitavelmente traz consigo a solidão e o silêncio que, a mim metem medo e, quem sabe, a ti são invisíveis ou até necessários.
Estou aqui sentada, enquanto te leio. Pergunto-me, o que serão para ti as palavras que escreves.
E no entanto, quando os dois juntos, mesmo sem palavras, tenho a certeza de que o vazio não amedronta e é no silêncio que, de facto, nos lemos...
Por que será que há dias que demoram anos a passar?!
Que lês, quando escrevo S-O-L-I-D-Ã-O? Em que pensas, quando no meio dum texto meu (se é que lhes posso chamar isso) encontras a palavra S-I-L-Ê-N-C-I-O? Que sentes quando escrevo que tenho M-E-D-O?
Sentado, na tua cadeira, olhas o ecrã e, através dele, uma parte de mim junta-se a ti. Porque sou assim, TRANSPARENTE (ou, se calhar, nem tanto)...
Na verdade, o que lês é filtrado pelas tuas ideossincrasias que, por vingança egoísta, tudo gerem à tua imagem e semelhança.
É assim contigo e é assim comigo. Somos todos vítimas de alguma maneira, das nossas redes internas de pensamento, julgamento e compreensão.
Por isso, entre nós haverá sempre este vazio irónico, que nos afasta aumentando a palavra V-A-Z-I-O que, inevitavelmente traz consigo a solidão e o silêncio que, a mim metem medo e, quem sabe, a ti são invisíveis ou até necessários.
Estou aqui sentada, enquanto te leio. Pergunto-me, o que serão para ti as palavras que escreves.
E no entanto, quando os dois juntos, mesmo sem palavras, tenho a certeza de que o vazio não amedronta e é no silêncio que, de facto, nos lemos...
Por que será que há dias que demoram anos a passar?!
Liliana