Sei que me espreitas a cada movimento de rotação em que, sobre os pés descalços, equilibro a paz com o caos.
Sei que me amparas, num abraço elíptico, suavizando cada cambalhota (que nunca soube dar).
Tenho certeza que me falas, em muitas línguas. Que me acolhes, em "muitas casas".
Percebo o Teu sorriso no arrepio repentino e sinto-Te na lágrima teimosa, quando Te encontro no canto dos anjos.
Sei que hoje me chegas nestas vozes que me trespassam, nesta sala escura onde a luz brinca com a cor e escreve o Teu nome dentro (e fora) do meu coração.
E, por isso, sei-Te em mim em todas as horas de todos os relógios em todos os cantos do mundo.
Liliana Lima