sábado, junho 30, 2018

hoRas

Nem todos os dias a maré sobe e me beija os pés
Nem todas as noites a lua brilha no leito do rio

Há horas que se demoram
No sabor acre da tua ausência
No tocar áspero do teu silêncio
Na impensável ideia da tua indiferença

Nem todos os dias o meu rumo me leva ao Tejo
Nem todas as noites me descalço e entro no seu leito

Há horas que se demoram nos caminhos das marés


Liliana Lima