O vazio enche os silêncios que se sentam comigo ao Sol tímido de Primavera.
Falo com ele como se contigo converssasse. Às vezes é mais fácil dizer-me assim, aos silêncios. Deles não espero resposta e por isso não me desapontam, nem pelos vazios que acordam, nem por não me entenderem o olhar, ou não perceberam o ton de voz, ou não anteverem o que me faz falta (que nem sempre é animar a malta).
Deixo o sol, atrasado, aquecer-me o corpo, cansado, enquanto procuro a tua mão nos silêncios que me abraçam por entre o vazio que, aqui, se senta comigo.
Liliana