E o que teve ser ser... foi!
As viagens fazem-se de varias maneiras. Isto toda a gente sabe e, é mesmo um lugar comum dizer que, a música tem o poder de nos levar a viajar por “mares nunca antes navegados“.
A verdade é que uma das minhas formas preferidas de viajar é pelo som, não só através do som da música, mas da musicalidade das palavras cantadas ou ditas (como é cada vez mais raro termos o previlégio de ouvir textos, poéticos ou não, bem ditos fico-me, normalmente, pelas entoadas).
Ontem recordei os caminhos de terra calcorreados há tanto tempo (terá passado realmente assim tanto tempo?! ou será um mero artifício subconsciente de nos afastar dos espinhos e empurrar a caminho do horizonte?) e percebi que a estrada que tanto procurei em mapas e constelações, somos nós que fazemos, tijolo amarelo por tijolo amarelo à força de avançar e de acreditar... porque o caminho, esse, é sempre em frente jamais volta atrás.
"Ai seja o que for
que o amor me traga,
sei que é Primavera neste Inverno;
Ver que o olhar
é de pequenas rugas e de flores,
tão terno...
Sonhar seu beijo na fronte,
a luz no horizonte,
como o primeiro raio de sol.
Sentir por dentro da calma
a paz e a alma dos que não estão sós.
Linda ciranda
ciranda linda,
gira que gira e torna a girar;
Quando eu morrer
oh ciranda linda, deixa um luzeiro
para que o possa ver!
E sempre à volta a girar,
sempre em volta, no ar
de alma solta a te amar.
Para sempre girar,
sempre em volta no ar,
meu amor, meu amor,
o que for, há-de ser!"
O que for, há-de ser
Dulce Pontes