Não há receitas.
Há que estar
no cruzamento
certo,
à hora
certa.
Depois é preciso
que o olhar
se cruze
o.l.h.o.s.
n.o.s.
o.l.h.o.s.
Mas é só com
os corações abertos
que se cria
ESPAÇO
para a
NARRAtiva.
E sem NARRAtivas
por muito que nos
cruzemos
e
olhemos,
não há ESPAÇO
para o
novo
para a
tentativa
para a
curiosidade
para o
impulso de saltar.
Só de corações abertos
podemos
sentir a vontade
de nos darmos
n.ú.s.
das camadas de tinta
com que nos pintamos.
Não há receitas.
É estar no cruzamento
certo na hora
certa
e olhar
c.o.r.a.ç.ã.o.
a.
c.o.r.a.ç.ã.o.
e deixar
que a NARRAtiva
se instale e
escreva a história
p.o.r.
s.i.
m.e.s.m.a.
Não há receitas.
Liliana Lima